Divulgamos aqui no Blog um artigo da autoria de Casimiro Simões publicado no Facebook em 18-07-2025
Há razões para festejar 30 anos da reintrodução dos veados na Serra da Lousã?
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É urgente indemnizar os produtores lesados e proteger a agricultura familiar que tanta falta faz aos nossos mercados.
O MIL rejeita "jogo de empurra" do Estado e das autarquias e está ao lado de quem desanima e abandona os seus terrenos.
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Trinta anos da reintrodução dos veados e corços na Serra da Lousã foram celebrados com pompa e circunstância nos Paços do Concelho da Lousã, em março.
O projeto foi iniciado em 1995 e são inegáveis as suas potencialidades científicas, ambientais, turísticas e económicas.
Só que nunca o Estado e as autarquias assumiram qualquer responsabilidade pela devastação causada por estes mamíferos na agricultura familiar.
Desanimadas, centenas de famílias abandonaram a atividade agrícola nos últimos anos, tanto na Lousã como nos concelhos vizinhos, com graves prejuízos para a economia, a saúde das pessoas, a paisagem e o ambiente.
Os terrenos incultos rapidamente poderão abrir caminho aos incêndios!
São incalculáveis os prejuízos todos os anos registados nas produções agrícolas, nos quintais junto às habitações, nas vinhas, nos pomares, mas também nas jovens plantações de castanheiros, carvalhos e outras espécies da floresta autóctone.
Na primavera e no verão, os veados descem ao vale da Lousã e destroem as culturas, tudo o que é verde, revoltando justamente os proprietários que em vão protestam sem nunca serem ressarcidos pelas entidades públicas.
É inaceitável o cinismo com que, com raras exceções, daí lavam as mãos como Pilatos os eleitos que deviam cuidar dos interesses das pessoas lesadas, que já antes enfrentavam as incursões dos javalis.
Foi anunciado no salão nobre da Câmara da Lousã, em março, a escassos meses das eleições autárquicas, um plano de gestão da caça na Serra da Lousã para controlar o aumento exponencial da população de cervídeos.
A execução desse plano foi confiada à Agência de Desenvolvimento da Serra da Lousã, que reúne vários municípios.
O MIL, porém, pergunta: como pode e que legitimidade tem essa entidade, cuja presidência foi recentemente assumida pelo município da Lousã, para promover tal desígnio, se não lhe é conhecida qualquer atividade desde que foi criada há quase uma década?
Do ponto de vista científico, o regresso dos cervídeos, por iniciativa do Estado, centenas de anos após terem deixado de existir na região, tem sido considerado um sucesso.
Estimam os responsáveis que mais de 3.000 veados povoam atualmente os vários municípios ligados à Serra da Lousã.
Na Câmara da Lousã, o MIL tomará medidas drásticas nesta matéria, ouvindo os cientistas, as associações florestais, de agricultores e de caçadores, os ambientalistas e os compartes dos baldios.
Acolhendo sobretudo, de uma vez por todas, as queixas dos produtores, para que sejam mesmo indemnizados e para que seja protegida a agricultura tradicional, que tanta falta faz aos nossos mercados.
Casimiro Simões
Candidato independente do MIL à presidência da Câmara Municipal da Lousã
Fontes/Links:
https://www.facebook.com/share/p/1Aq8wb7e7P/?mibextid=wwXIfr
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