Serra da Lousã, Portugal, Vaqueirinho Republic! GPS: 40.0795518" N -8.2232355" O
03/12/2024
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15/11/2024
A Salvaguarda dos interesses locais
Património Construído e Desenvolvimento em Áreas de Montanha
O Exemplo da Serra da Lousã
(Paulo Carvalho)
Perante as reclamações apresentadas pelas várias freguesias, a Câmara da Lousã tomou algumas medidas, diligenciando no sentido de salvaguardar os interesses locais baseados em reclamações aceitáveis e legítimas. Mandou, ainda, proceder à elaboração de um inquérito (aliás, obrigatório, segundo os artigos 14.º a 37.º do “Regulamento” de 1903), cujas conclusões passamos a transcrever:
– «Manutenção dos necessários caminhos de ligação entre as várias povoações da Serra, e bem como assim das servidões para propriedades, moinhos, lagares, etc., e das servidões de águas;
– Manutenção dos direitos dos povos e dos particulares à água para fontes e regas, bem como às quedas de água aproveitadas para moinhos e lagares;
– Manutenção da faculdade de explorar pedra nas pedreiras existentes ou noutras que a Câmara mande abrir;
– Reconhecimento insofismável do direito dos povos aos matos, lenhas e esteios, provenientes das limpezas normais das matas, sob a fiscalização dos empregados dos serviços florestais»
Pag 354 nota de rodapé.
(Alma Nova, 2/4/27, cit. por MONTEIRO, op. cit., 234)
Fontes/Links:
08/11/2024
Viva o Castanhanheiro!
A castanha é um dos produtos endógenos da nossa região que sofreu um período de franco declínio devido à doença da tinta (provocada por oomicetas do género Phytophthora spp.), o cancro do castanheiro (provocado pelo fungo Cryphonectria parasitica (Murrill) M.E. Barr), que chegou à na Europa em 1938, vindo dos Estados Unidos da América,
Esta doença afetou o nosso país e consequentemente o concelho também.
Ainda assim, perdura a tradição de visitar os diversos soutos existentes na Serra para colher a castanha, nesta época do ano.
O potencial de produção de castanha, nesta região pode vir a beneficiar a todos.
Existe variada informação sobre os castanheiros. Nos links abaixo poderá aceder a algumas das fontes consultadas.
Considerada como a “árvore-do-pão” nas regiões a norte do Tejo, o castanheiro foi a base da alimentação antes da chegada da batata e a principal fonte de hidratos de carbono no norte da Península Ibérica. Esta árvore de folha caduca consegue crescer até aos 30 a 35 metros de altura e atingir diâmetros de até 12 metros, embora o tronco se torne oco à medida que a árvore envelhece. De grande longevidade, pode viver mais de mil anos.
No início da Idade Média, também designada por “era dos bosques”, os bosques e o castanheiro tiveram um importante papel na economia dos senhores feudais e na alimentação das populações. Nesta época, o castanheiro ganha o título de “árvore de fruto por excelência”.
A castanha era a base da alimentação das populações serranas na Península Ibérica. Ainda no século XVIII, em Portugal, muito mais disseminado e vulgarizado que nos nossos dias – desde o Minho, passando pelas Beiras, até ao Alentejo Interior -, o castanheiro era uma árvore de grande valor económico, uma vez que a castanha continuava a desempenhar um importante papel na alimentação das populações.
O castanheiro, progressivamente tornou-se o centro da vida nas montanhas, oferecendo trabalho e alimento para muita gente. A civilização do castanheiro estreita relações familiares e sócio-económicas entre o homem e o castanheiro, transforma a paisagem agrária, a dieta alimentar e as relações com o território; especializa a força de trabalho e fomenta o comércio.
O papel central e unificador do castanheiro estava bem estabelecido nas gentes de montanha e na economia florestal. Historicamente, o homem leva consigo o castanheiro e, muitas das vezes, assenta as suas aldeias somente onde esta árvore pode crescer e dar frutos.
Entretanto, na segunda metade do século XIX, surge a doença da tinta, constituindo um risco para esta espécie.
A partir dos anos 70 do século XX com as mudanças no mundo rural, declínio do artesanato e concorrência de novos materiais, nomeadamente no sector vitivinícola que absorvia grande parte da produção proveniente das talhadias, concretamente a tanoaria, cestos e os postes para as vinhas. Pouco a pouco esta forma de exploração do castanheiro bravo para produção de materiais de pequenas dimensões foi deixando de ser procurada, o que contribuiu para o abandono de extensas áreas de castinçais.
Felizmente, em Portugal, esta espécie tem sido muito recomendada e procurada pelos produtores florestais, retomando o merecido lugar de destaque de outros tempos, com a plantação de alguns milhares de hectares quer para fruto quer para madeira, quer para as duas produções em simultâneo na sua dupla vocação: lenho e fruto. Para este renascer muito contribuíram os programas da União Europeia e os respectivos incentivos financeiros à rearborização e arborização de terras abandonadas pela agricultura.
Diz o povo que “um castanheiro leva 300 anos a crescer, 300 a viver e 300 a morrer”.
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Fontes/Links:
https://vozdocampo.pt/2024/11/05/melhoramento-genetico-do-castanheiro/
https://florestas.pt/saiba-mais/quais-as-principais-doencas-do-castanheiro/
https://florestas.pt/conhecer/castanheiro-uma-cultura-milenar-e-marcante-nas-regioes-de-montanha/
https://brigadadafloresta.abaae.pt/castanheiro/
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05/11/2024
18/10/2024
16/10/2024
O Impacto do Consumo de Água Engarrafada na Saúde e no Ambiente
Nos últimos anos, o consumo de água engarrafada tem vindo a crescer de forma preocupante, movido por uma perceção de qualidade superior e conveniência. No entanto, este hábito tem um impacto profundo, tanto na saúde pública como no meio ambiente, que muitas vezes é ignorado.
Impacto Ambiental
O principal problema associado ao consumo de água engarrafada reside na produção e descarte de embalagens de plástico. Estima-se que milhões de garrafas plásticas sejam produzidas diariamente em todo o mundo, com uma pequena fraçãoa chegar ao circuito de reciclagem. A maioria dessas garrafas acaba em aterros sanitários ou, pior, nos nossos oceanos, contribuindo para o aumento da poluição por plásticos, agravando a crise da sobrevivência de espécies de flora e fauna.
A produção de garrafas plásticas também envolve o uso intensivo de recursos naturais. Para fabricar uma garrafa de plástico de um litro, são necessários três litros de água e grandes quantidades de petróleo, o que resulta numa pegada de carbono significativa. Além disso, o transporte de água engarrafada, muitas vezes por longas distâncias, contribui para as emissões de gases com efeito de estufa com custos e impactos incalculáveis.
Impacto na Saúde
Embora a água engarrafada seja amplamente considerada segura, nem sempre é sinónimo de maior qualidade. Estudos indicam que algumas marcas de água engarrafada contêm microplásticos, produtos químicos disruptores endócrinos, como o bisfenol A (BPA), e outros contaminantes que podem ser prejudiciais à saúde humana. Além disso, a exposição prolongada ao calor pode causar a libertação de substâncias tóxicas das garrafas plásticas para a água.
Outro fator preocupante é a ausência de regulamentação rigorosa em algumas regiões do planeta, onde a qualidade da água da torneira é frequentemente superior à da água engarrafada.
Alternativas
Para mitigar o impacto ambiental e os riscos à saúde associados ao consumo de água engarrafada, é crucial considerar alternativas mais sustentáveis:
Água da Torneira Filtrada: A água da rede pública em Portugal é, na sua maioria, de excelente qualidade e segura para consumo. O uso de filtros de água em casa pode melhorar ainda mais a qualidade, removendo possíveis impurezas e odores. Existem filtros de várias tecnologias, como carvão ativado ou osmose inversa, que oferecem soluções acessíveis e eficientes.
Estação de Água Filtrada em Locais Públicos: Uma das soluções mais eficazes e sustentáveis seria a implementação de estações de água filtrada em espaços públicos, como centros comerciais, estações de comboios, parques e eventos desportivos. Estes pontos de abastecimento permitiriam às pessoas encherem garrafas reutilizáveis, reduzindo drasticamente a necessidade de comprar água engarrafada.
Garrafas Reutilizáveis: O incentivo ao uso de garrafas reutilizáveis feitas de materiais como aço inoxidável, vidro ou plásticos livres de BPA é outra medida prática e imediata. Além de serem seguras para a saúde, estas garrafas têm uma durabilidade muito superior às de plástico descartáveis e podem ser usadas repetidamente, reduzindo significativamente o desperdício.
Políticas Públicas e Incentivos: A promoção de campanhas educativas sobre os benefícios da água da torneira e a criação de incentivos governamentais para empresas que promovam práticas sustentáveis também são essenciais para uma mudança a longo prazo. Por exemplo, a proibição ou restrição da venda de água engarrafada em instituições públicas, como escolas e hospitais, pode ser um ponto de partida importante.
A Mudança Começa Connosco
O impacto negativo da água engarrafada é um problema que pode e deve ser resolvido com o contributo de todos. O Movimento de Intervenção Cívica (MIC) acredita que a adoção de hábitos mais sustentáveis começa com a consciencialização e a educação. Cada garrafa reutilizada ou dispensada faz uma diferença no combate à crise ambiental e na proteção da nossa saúde.
O MIC apela, em particular, ao setor do retalho e da restauração, para a urgente mudança de hábitos, nomeadamente para o fim da venda de água engarrafada e acondicionada em plástico de reduzida dosagem (inferior a 75 ml), optando pela disponibilização de garrafas de vidro ou, preferencialmente, água filtrada disponibilizada a granel.
Individualmente compete-nos fazer melhores escolhas, evitar o consumo da água engarrafada, em especial das garrafas pequenas. Opte por garrafas reutilizáveis e, sempre que possível, água corrente, preferencialmente filtrada.
A solução está ao nosso alcance: basta optarmos por alternativas que promovam um futuro mais verde e saudável para as próximas gerações.
Eu faço a minha parte! E tu, fazes a tua?
Divulgado em 26-09-2024, por:
Fontes/Links:
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09/10/2024
Leituras...
Piroceno
De como a humanidade criou uma Idade do Fogo e o que virá a seguir
24/09/2024
Peace, dignity and equality on a healthy planet
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Oceans and the Law of the Sea
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Youth
Fontes/Links:
https://www.un.org/en/global-issues/
https://www.un.org/en/global-issues/climate-change
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22/09/2024
Outono
O equinócio de outono é a designação que a Astronomia atribui ao fenómeno natural que assinala o final do verão e a chegada da nova estação. É o instante preciso em que o Sol cruza o plano do equador celeste, o que decorre em setembro no hemisfério norte e em março no hemisfério sul.
Fontes/Links:
https://www.calendarr.com/portugal/equinocio-de-outono/
https://www.space.com/autumn-equinox-2024
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16/09/2024
Solstício de Inverno
Fontes/Links: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/12/21/milhares-de-pessoas-celebram-o-solsticio-de-inverno-em-stonehenge.ghtml ΦΦΦ
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